sábado, 5 de dezembro de 2009

Praxes Académicas - Alexandre Pinto-Economista

A PRAXE E OUTROS BOLORES DA TRADIÇÃO ACADÉMICA

Esteve bem o Presidente do Instituto Superior Politécnico de Viseu - Fernando Sebastião - quando na passada semana proibiu as Praxes Académicas nos "edifícios e espaços envolvestes das Escolas da Instituição", conforme o Jornal do Centro aqui fez destaque. Fê-lo, depois da recomendação do Ministro do Ensino Superior no esmo sentido. Mariano Gago tinha, até então, recebido cinco queixas graves de violência ocorrida durante Praxes Académicas em Instituições de Ensino Superior em todo o País. O ministro enviou quatro delas para a Procuradoria-Geral da República.
Parece evidente a natureza violenta das Praxes. Ao longo dos últimos anos têm-se sucedido os casos nas televisões e nos jornais. Abusos despóticos, arbitrariedades irresponsáveis, coacção javarda, apelo à mediocridade.
A Praxe Académica, que hoje temos, é um sinal forte de um país ainda com laivos frequentemente medievais, atrasado no seu desenvolvimento, agarrado a um passado que já passou e que alguns procuram manter vivo, numa atitude saudosista, com tiques autoritários, lembrando um tempo que já não o é.
A Praxe é uma estratégia de dominação, que em nome da suposta "integração" e da "tradição", põe em prática os mais sádicos e repugnantes mecanismos de humilhação e autoritarismo, aonde a segregação é uma forma de afirmação, não permite descobrir as qualidades de cada um, mas antes, as reprime. É um ritual de iniciação que pretende instituir o estatuto do "universitário" como sendo de excepção, combinando o individualismo tacanho e egoísta com o atavismo primitivo e tributário da psicologia de rebanho. É uma "carneirada" que procura impor um modelo normalizador, de um estudante passivo, seguidista e acrítico, bem ao gosto da tecnocracia dominante. No fundo um modelo capaz de se reproduzir socialmente. A Praxe é conformista, apresenta a Universidade como uma série de dados adquiridos, aos quais os novos estudantes se devem submeter, com os seus rituais bem definidos. Irreverência e espírito crítico precisam-se, mas são raros hoje na Universidade.
A Praxe persiste na sua função essencial de contenção e esvaziamento, ocupando o espaço deixado vazio por outras experiências que seriam desejáveis e mesmo necessárias. Parece-me claro que a Universidade e todo o Ensino Superior, em geral, e em cada uma das Escolas, poderia e deveria encontrar outras actividades realmente "integradoras"dos novos estudantes. Deveriam, por exemplo, ser criadas estruturas de apoio e integração na vida das Escolas, podendo estas incorporar representantes de toda a comunidade escolar, incluindo, naturalmente, estudantes mais velhos. No Reino Unido, por exemplo, muitas Universidades têm estruturas ( students-union ) que apoiam a integração efectiva dos alunos na comunidade educativa, através do desenvolvimento de actividades de carácter lúdico, recreativo e cultural. Penso que o mesmo poderia ser desenvolvido em Portugal pelas próprias Associações de Estudantes de cada Escola Superior.

Nova Forma de Intervenção Política

Mudar de políticas? Depende de nós! - Rede de auto-ajuda política

A crise política em Portugal é persistente e sem fim à vista. Os privilégios de alguns, que vêem crescer os seus rendimentos, legais e ilegais, mais do que os seus desejos poderiam imaginar – e mais do que em qualquer outro país da UE – contrastam com a incompetência organizativa e de decisão protagonizada muitas vezes pelos próprios, em nome do rigor, da modernidade e da avaliação de terceiros, como método de amesquinhamento do povo português e pretexto para continuar a reduzir custos à custa dos salários.

Gritam, enquanto se dedicam às malfeitorias, que temos que acreditar para sermos boas claques, como no futebol. Entretêm-nos com o crédito barato vindo de fora, mas não nos dizem quão perto estamos da bancarrota. Explicam-nos que é a nossa comum avidez de consumo que os obriga a eles, para nossa satisfação (queridos!), a endividar o Estado para as próximas gerações.

É verdade que, durante 500 anos, demos novos mundos ao mundo. A civilização ocidental seguiu-nos. Por isso, regressar à Europa é um direito legítimo. Mas para continuar a alimentar uma classe de rapina é que não!

É preciso acabar com os privilégios, para que todos – e não somos demais – possamos contribuir, em liberdade e respeito mútuo, para o bem-estar geral. Se a maioria não quer ver degradado o território – que também pode ser fonte de rendimento, como a costa ou as florestas – há que assumir a luta contra o arbítrio, os abusos, as leis perversas, a iniquidade das práticas políticas e administrativas.

Portugal precisa dos portugueses. E os portugueses também precisam de um Portugal que não os envergonhe. A Nova Esquerda define-se pelo socialismo democrático, mas não pretende impor um grupo de privilegiados aos seus aderentes. Para isso bastam os partidos tradicionais. A Nova Esquerda (NE) é uma forma de auto-ajuda política entre todos, nacionais ou estrangeiros, para que organizem de forma mais eficiente as suas próprias acções e/ou propostas políticas, de qualquer âmbito, e se disponham a partilhar e expandir ideias, desejos e cumplicidades entre os núcleos NE ligados em rede entre si. Contra o estado-a-que-isto-chegou.

Cada grupo de cidadãos que se queira organizar em núcleo da Nova Esquerda (NE) basta para tal inscrever-se no site, ( www.novaesquerda.org ) com um nome colectivo e a identificação de pelo menos um responsável. Através da rede serão admitidas propostas de acção política próprias de um partido em fase de estruturação e afirmação, a que cada um dos restantes núcleos da NE aderirá ou não conforme entender.

É preciso agir com responsabilidade e liberdade. Estas não se esgotam pelo uso. O inverso é a verdade!

SITE NOVA ESQUERDA: www.novaesquerda.org

BLOGUE NOVA ESQUERDA http://movimentonovaesquerda.blogspot.com

Nova Esquerda

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

NOVA ESQUERDA

Saudamos os aderentes da NE.

Estamos numa nova fase da vida da NOVA ESQUERDA.

Contamos convosco.

Jorge Silva